Pico do Lopo

A Serra do Lopo é uma das muitas que fazem parte da Serra da Mantiqueira. A crista da serra do Lopo é um marco de divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais, municípios de Joanópolis-SP e Extrema-MG.
Desta vez subimos com o carro até a pousada e lá iniciamos a trilha. A partir da pousada, a trilha tem um grau de dificuldade entre fácil e moderada e uma extensão de 7km ida e volta, moleza, quase...
Fomos com um grupo de trilheiros do VaTrilhar liderados pelo casal de escaladores Marcos e Carol, turma muito boa e divertida.
Iniciamos nossa caminhada sem pressa com o objetivo de aproveitar ao máximo o dia.
Saindo da pousada temos uma subida e logo chegamos ao primeiro mirante que oferece uma vista para o lado mineiro sobre a cidade de Extrema e uma primeira vista do Pico do Lopo. Um pouco à frente a Pedra dos Cabritos já nos proporcionou momentos divertidos ajudando os novatos em trilha a subir a Pedra com uso de cordas. Os Cabritos tem a vista voltada para o lado paulista de lá avistamos a Pedra das Flores, o Pico do Lopo e a Represa de Joanópolis (ou Represa Jaguarí) e a cidade de Joanópolis. A pedra dos Cabritos tem dois acessos, o segundo acesso possui uma placa indicando a pedra e é o mais fácil para subir, nós subimos pelo primeiro acesso. Um quilometro à frente, chegamos na Pedra das Flores, o nome é merecido, a pedra possui uma quantidade enorme de flores. Não estamos na época da florada mas pudemos encontrar alguns Lírios da Mantiqueira (Amarilis) floridos. A vista da Pedra das Flores é espetacular com o Pico do Lopo e a represa ao fundo.
A trilha da Pedra das Flores para o Pico desce por um pequeno vale, e inicia a subida, são 100 metros de desnível, bem tranquilo. No ataque ao Pico temos alguns trechos de pedras e escalaminhadas por aderência, chegamos então à canaleta, um trecho entre as pedras que agora possui três degraus em ferro (ferrata) para auxiliar na subida. Aqui encontramos uma fila de pessoas que estavam subindo. Ao lado direito da canaleta é possível subir pela pedra por aderência, mas é bem perigoso, um deslize pode ser fatal, com auxilio de cadeirinha de escalada e uma corda para fazer a segurança subimos pela pedra. O melhor é utilizar a canaleta onde um acidente não terá graves consequências. A partir desse ponto temos mais trechos de escalaminhada até chegar ao cume.
O cume verdadeiro com o livro de cume é uma pedra com cerca de 5 metros de altura que necessita de equipamento simples de escalada. Desta vez com o auxilio do Marcos e da Carol que escalaram a Pedra e instalaram os equipamentos nas chapas fixas da Pedra eu finalmente escalei, eu diria até que “trepei” a Pedra e assinamos o livro. Preciso aprender as técnicas de escalada.
O cume do Pico do Lopo oferece uma belíssima vista de 360 graus.
Após todos subirem para assinar o livro, fazer o lanche e tomar um excelente café da montanha retornamos para a pousada e finalizamos a trilha.
Sobre a trilha:
A trilha está bem demarcada e sinalizada com placas indicando a Pedra dos Cabritos, Pedra das Flores e Pico do Lopo, e no ataque ao Pico instalaram uma ferrata na canaleta.
Existe uma trilha de descida do Pico que vai até a base da Serra terminando num bairro próximo à rodovia, deixei indicado o início dessa trilha no tracklog, segundo informação do pessoal da pousada essa trilha está proibida.

Na ida às 8:30h paramos na rampa de voo livre para apreciar a vista e encontramos uma barraca e o resto de uma fogueira ainda saindo fumaça ao lado.
No retorno após as 15 h encontramos vários grupos na trilha que iriam acampar, numa das barracas junto à Pedra das Flores encontramos uma fogueira acesa, conversamos com o “campista” sobre os riscos de fazer fogueira na estação de seca ele ainda tentou argumentar que tinha uma garrafa de água para apagar um eventual foco de incêndio, mas após trocarmos alguns argumentos ele aparentemente se conscientizou do perigo e permitiu que apagássemos o fogo utilizando a água que ainda tínhamos na mochila. Fiquei muito preocupado e saímos com a sensação que em breve veremos a Serra do Lopo em chamas no noticiário. Infelizmente muitas pessoas sem informações ou simplesmente sem conscientização estão acampando por lá e colocando em sério perigo a natureza desse lugar espetacular.
De manhã conversamos com o recepcionista da pousada sobre a fogueira ao lado da Rampa de Voo e até perguntei se ele não poderia chamar a fiscalização, mas ele não demonstrou que estejam preocupados com a possibilidade de incêndio na Serra. Parece que eles só se preocupam mesmo é em receber os R$ 20,00 de cada um que faz a trilha.

Dicas:
Para acessar a trilha pela pousada é cobrada uma taxa de R$ 20,00 por pessoa.
Levar boné, protetor solar, água, lanchinho de trilha, bota ou tênis de trilha, bastão de caminhada etc. Existe um ponto de água no caminho, indicado no tracklog mas desta vez estava quase seco.

Trilha gravada com celular.